quarta-feira, 1 de junho de 2011

As vezes me pego pensando em você

Pelo simples fato de não tê-lo,
E ao mesmo tempo que tive
as lembranças, as memórias compartilhadas
Carinhos e amor que só você podia dar

Hoje sei com os dissabores da vida
Que a ferida aberta apenas repousa
Lá guardada como se fosse um papel desbotado
Uma pintura antiga, uma foto amarelada

As vezes me pego pensando em você
Quando o sol se põe
Quando a lua minga
Quando a luz se apaga

E eu aqui sozinha me pergunto
Por que? Porque ? Por que?
Egoísmo de filho
Saudade de quem perde

Felicidade de quem ama
Um amor eterno
Laços que nimguém rompe
É outono das flores que caem e se renovam

É o nosso amor
Sou uma àrvore que precisa de podas
Podas da vida
Dureza sem proteção

Mais o tempo passa
Logo vem as folhas novas
Revitalizando o meu ser
Minhas folhas, meu coração

As vezes me pego pensando em você
Saudade? Palavra sem fim
Um passarinho ferido
Que procura um abrigo

Abrigo este que só um pai pode dar
Quando a vida nos parece dura.
E se este fosse imortal?
As vezes me pego pensando em você...

O amor é algo intransferível
Cada um sabe o que carrega
A dor é uma semente e o seu ciclo
Nasce, cresce,desabrocha e morre

É caule seco
Fincado na terra
Esperando as estações
Para início do que não tem fim

As vezes me pego pensando em você...



Por mim mesma
Hoje às 11:50





2 comentários:

  1. Essa saudade com o tempo, Beta,se acalma, trazendo nela doces lembranças.A falta, nunca se preencherá, mas se recolherá a um canto especial permitindo visitas.
    Que a certeza dos dias bons, lhe encham a alma de alegrias.
    Bjo,
    Calu

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  2. Belo texto!

    Que a paz esteja com você!

    Beijos

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Assim que possível retorno com uma visita!



Chocobeijos!
Roberta Lito